Psicodélicos são um grupo de substâncias capazes de produzir alterações de cognição e de emoção, e da percepção sobre si mesmo, sobre o tempo e o espaço.
Os chamados psicodélicos clássicos também têm em comum o fato de produzirem seus efeitos por meio da conexão com um mesmo receptor celular, chamado de 5-HT2A. Ele funciona em conjunto com o neurotransmissor serotonina e regula, entre outras coisas, nosso humor e nossas emoções.
A expressão psicodélico foi cunhada pelo psiquiatra britânico Humphry Osmond, em 1956, a partir dos radicais gregos “psique”, que significa mente ou alma, e “delos”, que significa revelar, manifestar algo. Psicodélicos seriam então substâncias que ajudam a revelar ou manifestar a mente ou a alma.
Os psicodélicos clássicos incluem o ácido lisérgico (LSD), a psilocibina (de cogumelos como os Psilocybes), o DMT (da ayahuasca) e a mescalina (do peyote). Já os psicodélicos não-clássicos são o MDMA, a ibogaína e a cetamina.
Os estudos sobre a aplicação dessas substâncias na saúde mental começaram nos anos 1950 e foram interrompidos com sua proibição, nos anos 1960. Nos anos 2000, novas descobertas levaram a um novo impulso das pesquisas, que cresceram exponencialmente nos últimos dez anos.
A psilocibina tem mostrado resultados promissores em ensaios clínicos para o tratamento da depressão, assim como o DMT, e também tem resultados positivos para o alcoolismo. O MDMA está em fase final de testes para tratar o estresse pós-traumático. Análogos de LSD estão sendo testados para o tratamento de enxaquecas. A cetamina já é registrada como medicamento para depressão resistente. E estudos com a ibogaína mostram grande potencial para o tratamento da dependência de drogas.
Essa nova onda de pesquisas tem sido chamada de “renascimento psicodélico” e mostra que essas substâncias tratadas como drogas extremamente perigosas nos últimos 50 na verdade têm baixo potencial de causar dependência e podem no futuro breve causar uma grande revolução na psiquiatria, se usadas de maneira adequada e com a supervisão de profissionais de saúde.
Quer saber mais sobre psicodélicos? Siga o Instituto Ficus